domingo, 23 de outubro de 2011


Religiosamente como todo ano acontece, dia 02 de fevereiro, a rainha das águas, Iemanjá, é homenageada. As homenagens à Iemanjá são realizadas em todo o país, mas em especial na Bahia, a terra dos orixás, a festa ganha uma dimensão mais significativa. O sincretismo do povo baiano acrescenta às festas à rainha das águas toques de magia e alegria. Em Salvador o palco principal das homenagens é o bairro boêmio do Rio Vermelho. A tradicional festa de Iemanjá acontece desde 1924. Segundo dizem os historiadores este ano foi ruim para os pescadores e para melhorar a pesca, os pescadores resolveram fazer uma promessa à Iemanja e após isto os peixes começaram a aparecer em abundância e a festa nunca mais deixou de ser realizada.


Fiéis homenageam Iemanjá

A cada ano aumenta a participação dos devotos de Iemanjá que é um dos orixás mais queridos e venerados do Brasil. O evento já se tornou um dos principais acontecimentos na cidade e atrai uma multidão, entre moradores e turistas, que vem em busca de proteção e agradecer as graças recebidas. Os fiéis presenteam Iemanjá jogando flores brancas no mar e entregando presentes como espelhos, pentes, sabonetes e perfumes. Todos os ítens que a orixá, muito bonita e vaidosa, gosta de receber. Em meio aos presentes estão bilhetes com pedidos de saúde, dinheiro, paz e amor.


A concentração para a entrega dos presentes é ao lado da Igreja do Rio Vermelho, onde tem a “Casa de Iemanjá” . Os balaios para que os fiéis depositem suas ofertas e pedidos ficam distribuídos por vários pontos da praia. No final da tarde, pescadores e mães de santo organizam os balaios com as oferendas que são colocadas em barcos e oferecidas à Iemanja em alto mar. A entrega das oferendas acontece no fim da tarde, mas a festa inicia de madrugada e toma conta de todo bairro do RioVermelho. Barracas com comidas típicas e bebidas ficam espalhadas pelas ruas e claro, não poderia faltar muita música e capoeira. Tudo que o baiano tem e sabe usar como ninguém para animar uma festa. Os hotéis e restaurantes localizados no bairro também aproveitam o evento para promover festas particulares dentro do estabelecimentos.


Imagem na Casa da Iemanjá em Salvador

Iemanjá é chamada também de Oloxum, Inayê ou Janaína e representa a força feminina da geração da vida. A orixá aparece na imagem de uma mulher com cabelos negros, lisos e compridos, com um vestido azul e seus braços estão abertos com as mãos sob as águas. Iemanjá é considerada a mãe de todos Orixás e protetora da família.

Principais Pontos Turísticos de Salvador


Elevador Lacerda 

Inicialmente chamado de elevador Hidráulico da Conceição, começou a funcionar com energia elétrica no início do século e em 1930, passou por uma reforma ganhando uma nova torre e uma ponte. Tem 72 metros de altura e Liga a Cidade Alta à Cidade Baixa.


Farol da Barra
Também chamado de Farol da Barra, o Forte de Santo Antônio da Barra é onde funciona atualmente o Museu Hidrográfico de Salvador. É também um grande atrativo turístico e considerado a porta de entrada para a Baía de Todos os Santos. É um ponto de concentração de grandes comemorações da cidade....


Dique do Tororó 

O Dique é uma lagoa feita a pás e picaretas por escravos, comandados por invasores holandeses, no século XVII, que pretendiam cercar o palácio Rio Branco com um fosso que o tornasse inacessível aos portugueses. Em 1998 após reforma oferece a comunidade ampla áreas de diversão, esporte e lazer. Possui um anfiteatro ao ar livre, espaços comunitários, raias para prática de remo, decks para pesca e piers para pequenas embarcações. Um centro de atividades abriga dois restaurantes, praça de eventos com palco flutuante, cinco play-grounds e pista de cooper.


Carnaval

O Carnaval é a maior profusão de alegria dos baianos. Realizado com mais de 200 entidades que desfilam em três circuitos, no período entre a noite de quinta-feira e o final da manhã de quarta-feira de Cinzas, ele é finalizado pelo encontro de trios na Castro Alves e os arrastões da Timbalada na Barra. Salvador recebe em média 800 mil turistas e esta festa gerou em 1999 122 mil empregos, além de negócios na ordem de R$ 400 milhões. 


Pelourinho 

Maior conjunto colonial da América Latina, patrimônio cultural da humanidade. Restaurado pelo Governo do Estado o Pelourinho exibe cerca de 450 casarões coloniais. Hoje o pelourinho, no coração do Centro Histórico é um grande shopping a céu aberto, que oferece sucessivas atrações artísticos-musicais, além de variadas e atraentes opções de bares, restaurantes, boutiques, teatros, igrejas e outros monumentos de real valor histórico.

Lagoa do Abaeté

Famosa por citações em músicas de Caetano Veloso e Dorival Caymmi, a Lagoa do Abaeté com sua vegetação abundante e suas águas cristalinas, possui uma área de quatrocentos hectares urbanizados com várias opções turísticas como restaurantes, barracas com água de coco, acarajé e doces típicos. 

Mercado Modelo 

Construído em 1861, antigamente abrigava a alfândega. Em 1984, um incêndio destruiu boa parte do mercado, que teve que ser reconstruído. Da rampa do mercado partem embarcações Salinas das Margaritas.


Igreja do Bonfim
Esta é a mais popular igreja baiana. Construída na segunda metade do século dezoito fica na colina considerada sagrada pelos fiéis. A fachada possui estilo rococó e o interior neoclássico. Possui teto pintado por Franco Velasco, o mesmo que pintou o retrato de Dom Pedro I quando esteve na Bahia em 1826. Uma das maiores celebrações que acontecem aqui é a Festa do Senhor do Bonfim, no segundo domingo após o Dia de Reis. Outro símbolo de fé é a Lavagem da Igreja do Bonfim na segunda quinta-feira de janeiro. Puro exemplo de sincretismo religioso baiano. 


Farol de Itapuã 

Localizado na Praia de Itapuã e em plena atividade para orientação de navegações, serve, pela beleza que lhe é conferida, como fonte de inspiração para diversos compositores baianos.


Igreja de São Francisco
Datada de 1773, é uma dos mais majestosos teplos religiosos do Brasil, demonstração de que a fé ornamenta-se com ouro para demonstrar que se crê. Isto se observa nas pinturas do interior desta igreja com notáveis representações sobre a vida de São Francisco e exaltações a Nossa Senhora. 


Praia de Piatã 

Praia de ondas serenas, areia amarelada e belos coqueirais. É muito procurada por surfistas. Aqui pode-se encontrar quadras de esportes e barraquinhas.


Morro do Cristo
Localizado entre os bairros de Ondina e Barra, e com uma fantástica vista para o mar, o Morro do Cristo é um dos pontos turísticos mais admirados de Salvador. 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ponto turístico de Salvador Bahia


Caminhos do Jiquiriçá



Cachoeiras, rios, morros, flora e fauna exuberantes vêm despertando o interesse de inúmeros visitantes, desde os que buscam contato com a natureza àqueles que se voltam para a prática de esportes radicais.
A região da Bacia do Jiquiriçá localiza-se a cerca de 150 km a oeste de Salvador. Além da agricultura, sua principal base econômica, o turismo tem se revelado uma importante alternativa de geração de renda para os municípios dessa Zona Turística, onde a presença de cachoeiras, rios, morros, flora e fauna exuberantes vêm despertando o interesse de inúmeros visitantes, desde os que buscam contato com a natureza àqueles que se voltam para a prática de esportes radicais e de aventura, como cavalgadas, trekking, canoagem e pesca. O patrimônio histórico/cultural da região também é rico e diverso e o seu artesanato feito com esmero, tudo isso conformando uma oferta turística capaz de atrair fluxos regionais interessados em interagir com a natureza e a cultura local.
A exemplo do que ocorre em outras regiões baianas, onde o turismo rural encontra ambiente sociocultural bastante favorável à sua expansão, especialmente naquelas propriedades onde os recursos naturais - como matas nativas, nascentes e rios – se mantêm preservados, no Vale do Jiquiriçá ainda podem ser encontradas fazendas que conservam traços marcantes de uma época em que a economia agrária era predominante na estrutura produtiva do Estado. Essa modalidade de turismo constitui uma importante alternativa de fonte de renda para o produtor rural.
A Zona Turística Caminhos do Jiquiriçá é composta por dois circuitos: o circuito Vale do Jiquiriçá, que compreende os municípios de Amargosa, Cravolândia, Elísio Medrado, Jiquiriçá, Laje, Milagres, Mutuípe, Santa Inês, São Miguel das Matas, Ubaíra e Itiruçu; e o circuito Recôncavo Sul, formado pelos municípios de Castro Alves, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Santa Terezinha, Santo Antônio de Jesus, São Felipe,
Varzedo e Itatim.

Historia de Salvador Bahia

Pelourinho em Salvador. Foto de caninz@gmail.com

29 de março de 1549

Tomé de Sousa funda Salvador


Divulagão/Bahiatursa
O elevador Lacerda, que liga as cidades alta e baixa
Você já foi à Bahia? Não? Então vá!”Os versos de Dorival Caymmi são efetivamente um bom conselho. Na Bahia, especialmente em sua capital, a cidade do Salvador, você vai encontrar muita animação, cultura popular afro-brasileira e sertaneja nordestina, além de vários locais essenciais da história do Brasil. Salvador, aliás, foi nossa primeira capital, mas vamos por partes...

A Baía de Todos os Santos, onde seria erguida a cidade, foi descoberta pelo navegador florentino Américo Vespúcio, em 1o de novembro de 1501. Antes mesmo de ser fundada, a cidade de Salvador já era habitada por brancos, desde o naufrágio de um navio francês, em 1510, de cuja tripulação fazia parte Diogo Álvares Correia, o chamado Caramuru.

Em 1534, no local em que viviam Diogo Álvares e sua esposa, a índia Paraguaçu (que no batismo cristão recebeu o nome de Catarina), fundou-se uma capela em louvor a Nossa Senhora da Graça. Dois anos depois, chegou à região o primeiro donatário da capitania, Francisco Pereira Coutinho, que a recebeu do rei dom. João 3o.

A Barra e seus fortes
Ali, Pereira Coutinho fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje fica a Ladeira da Barra. Doze anos depois, na época da fundação da cidade, este arraial foi chamado de Vila Velha. A Barra, onde a cidade começou, abriga ainda hoje duas construções quinhentistas dignas de nota: o Forte de Santo Antônio da Barra, onde foi erguido um farol no final do século 17; e o Forte de Santa Maria, no Porto.

Em 29 de Março de 1549, devido à morte de Pereira Coutinho pelos índios e o fracasso da capitania, Tomé de Souza veio para o Brasil como Governador-geral, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada "do São Salvador", onde ficaria a sede deste governo.

A cidade iniciou-se na Vila Velha, na parte baixa, mas logo escalou as elevações que hoje compõem o bairro da Vitória. Salvador tornou-se uma cidade dividida em dois planos: a cidade baixa e a cidade alta, a exemplo de Atenas, na Grécia, e de Gênova, na Itália.

Cinco séculos de história
Após Tomé de Souza, Mem de Sá, que governou até 1572, também contribuiu com uma grande administração. A cidade foi invadida pelos holandeses em 1598, 1624-1625 e 1638. O açúcar, no século 17, já era o produto mais exportado pela colônia. No final deste século a Bahia se tornou a maior província exportadora de açúcar.

Nesta época, os limites da cidade já se estendiam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi sede da administração colonial do Brasil até 1763, quando perdeu a posição para a cidade do Rio de Janeiro.

Palco de uma história de mais de cinco séculos, Salvador conheceu toda a opulência do período colonial brasileiro e nunca parou de incorporar novas transformações históricas. Hoje a cidade guarda tanto a memória do catolicismo dos portugueses em suas belíssimas igrejas barroca, quanto as tradições negras e escravas nos terreiros de candomblé. 

Negra demais no coração
Aliás, Salvador é a cidade com a maior porcentagem de população negra do Brasil. A música, a dança, a capoeira, os trajes, a comida - tudo se preserva e se renova na capital da Bahia. Desde o período colonial, o setor de serviços foi o que mais se desenvolveu em Salvador. A cidade exportava o açúcar produzido nos engenhos da região do Recôncavo. 

Em 1808, a cidade de Salvador chegou a abrigar a família real portuguesa, que escapava das tropas de Napoleão Bonaparte. Foi lá que o príncipe regente dom João decretou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, o que na prática fez o Brasil deixar de ser uma colônia portuguesa.

Hoje, Salvador é a terceira maior cidade do Brasil, com mais de 3 milhões de habitantes. Trata-se de um importante centro urbano, com o desenvolvimento do comércio, da indústria e principalmente do turismo. 

Pelourinho e Mercado Modelo
Além das belezas naturais - que são muitas - a cidade de Salvador tem uma herança importante para mostrar aos visitantes. O conjunto arquitetônico do Pelourinho é Patrimônio Histórico e Artístico da Humanidade. O "Pelô", como é chamado pelos mais jovens, é um bairro formado por mais de 600 edifícios restaurados do século 19. 

Outras atrações também são únicas. Em 1873 foi construído um elevador (veja bem!) chamado Elevador Lacerda, encravado na rocha da montanha, para unir a cidade alta à cidade baixa. É o meio de transporte preferido da população.

O Mercado Modelo é outra tradição baiana. O velho Mercado, construído em 1912, ficava entre a Casa da Alfândega e a Escola de Aprendizes de Marinheiro. Foi destruído por um incêndio em 1969. O Mercado mudou-se então para a o imponente prédio da Casa da Alfândega, que data de 1861. Desde então, mais do que um mercado, virou um animado centro de artesanato e sobreviveu a outro incêndio, em 1983.

Em tempo, quem nasce em Salvador pode ser chamado de Salvadorense ou soteropolitano. "Soteros" em grego significa "salvador" e "polis", cidade.